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domingo, 27 de fevereiro de 2011

VIA-SACRA

 
(Essas reflexões foram tiradas do Livro
“VIDA, PAIXÃO E GLORIFICAÇÃO DO CORDEIRO DE DEUS”
da Beata Anna Catharina Emmerick –
religiosa agostiniana, estigmata e vidente)
- O Filme “A Paixão de Cristo” de Mel G... foi baseado nesse livro -

1ª ESTAÇÃO
Jesus é condenado à morte
“Jesus, ainda vestido de rubro manto derrisório com a coroa de espinhos na cabeça, as mãos atadas, foi então conduzido pelos esbirros soldados que o cercavam, entre as vaias do povo, para o tribunal, onde o colocaram entre os dois ladrões. Jesus estava nos degraus da escada, diante de Pilatos, rodeado de soldados e os inimigos lançaram-lhe olhares cheios de ódio e escárnio. Um toque da trombeta ordenou silêncio e Pilatos pronunciou, com a raiva de um covarde, a sentença de morte contra o Salvador”.

2ª ESTAÇÃO
Jesus toma a cruz
“Os carrascos conduziram Jesus ao meio do fórum; alguns escravos entraram pela porta ocidental, trazendo o patíbulo da cruz e jogaram ruidosamente aos pés do Salvador. Ele se ajoelhou junto à mesma e, abraçando-a , beijou-a três vezes, dirigindo ao Pai Celestial, em voz baixa, uma oração comovente de ação de graças pela redenção do gênero humano, a qual ia realizar. Assim, abraçou Jesus a Cruz, o eterno altar do sacrifício cruento de expiação. Então começou a marcha triunfal do Rei dos reis, tão ignominiosa na terra, porém, tão gloriosa no céu”.

3ª ESTAÇÃO
Jesus cai pela primeira vez

4ª ESTAÇÃO
Jesus encontra a Santíssima Virgem, sua Mãe

5ª ESTAÇÃO
Simão Cireneu ajuda Jesus a levar a cruz
“Os fariseus que conduziam o cortejo, disseram aos soldados: “Não chegaremos lá com Ele vivo; devemos procurar um homem que lhe ajude a levar a cruz”. Vinha justamente descendo pela rua do meio Simão de Cirene, os soldados, que pela roupa viam que era pagão e pobre jardineiro, apoderaram-se dele e, levando-o para onde estava Jesus, mandaram-lhe que ajudasse o Galileu a transportar a cruz”.


6ª ESTAÇÃO
Verônica limpa a face do Senhor
“Verônica que is dos lados e por entre os soldados e carrascos, avançou para a frente de Jesus e, caindo de joelhos, levantou para Ele o pano estendido de um lado, suplicando: “Permita-me enxugar o rosto de meu Senhor?” Jesus tomou o pano com a mão esquerda e apertou-o, com a palma da mão, de encontro ao rosto ensangüentado; movendo depois a mão esquerda com o pano para junto da mão direita que segurava a cruz, apertou-o entre as duas mãos e retirou-o agradecendo. Ela o beijou escondendo-o sobre o coração debaixo do manto e levantou-se”.

7ª ESTAÇÃO
Jesus cai pela segunda vez
“Estava o Senhor curvado sob o pesado fardo da cruz, cambaleando sobre os pés descalços e feridos, dilacerado e contundido pela flagelação e as outras brutalidades, exausto de forças por estar sem comer, sem beber, nem dormir, enfraquecido pela perda de sangue, pela febre e sede, atormentado por indizíveis angústias e sofrimentos da alma. Então Jesus caiu por terra pela segunda vez, sob o peso da cruz, sobre os joelhos e mãos”.

8ª ESTAÇÃO
Jesus encontra as mulheres de Jerusalém
“As mulheres e moças ao verem Jesus tão desfigurado e ensangüentado, começaram a chorar e lamentar alto oferecendo-lhe os sudários, segundo o costume entre os judeus, para que enxugasse o rosto. Jesus virou-se e disse: “Filhas de Jerusalém, não choreis por mim, chorai antes por vós e vossos filhos””.

9ª ESTAÇÃOJesus cai pela terceira vez“O séquito continuou nessa rua larga até chegar à porta de um antigo muro da cidade interior. Diante dessa porta há uma praça em que desembarcam três ruas. Ali Jesus tinha de passar sobre outra pedra grande, mas tropeçou e caiu. A cruz tombou para o lado e Jesus, apoiando-se sobre a pedra, caiu por terra e tão enfraquecido estava que não pôde levantar-se mais”.

10ª ESTAÇÃO
Jesus é despido de suas vestes
“Os carrascos tiraram então o manto do Senhor que lhe tinham antes enrolado em redor do peito; tiraram-lhe o cinturão com as cordas e o próprio cinto. Despiram-no da longa veste de lã branca, passando-a pela cabeça, pois estava aberta no peito ligada com correias. Depois lhe tiraram a longa faixa estreita que caía do pescoço sobre os ombros e como não lhe podiam tirar a túnica sem costuras, por causa da coroa de espinhos, arrancaram-lhe a coroa da cabeça, reabrindo assim todas as feridas; arregaçando depois a túnica, puxaram-lha com vis gracejos, pela cabeça ferida e sangrenta. Os carrascos arrancaram-lhe o escapulário impiedosamente do peito e assim ficou Jesus em sangrenta nudez, horrivelmente dilacerado e inchado, coberto de chagas. No ombro e nas costas se lhe viam os ossos através das feridas e a lã branca do escapulário ainda estava colada em algumas feridas e no sangue ressecado do peito. Arrancaram-lhe então, a última faixa de pano da cintura e eis que ficou de todo nu e curvou-se, cheio de confusão e vergonha”.

11ª ESTAÇÃO
Jesus é pregado na cruz
“Jesus, imagem viva da dor, foi estendido pelos carrascos sobre a cruz; Ele próprio se sentou sobre ela e eles, brutalmente, o deitaram de costas. Um deles se ajoelhou sobre o santo peito, enquanto outro lhe segurava a mão que se estava contraindo, e um terceiro colocou o cravo grosso e comprido, com a ponta limada, sobre essa mão, cheia de bênção, e cravou nela com violentas pancadas de um martelo de ferro. Doces e claros gemidos ouviram-se da boca do Senhor; o sangue salgado salpicou os braços dos carrascos. Jesus dava gemidos tocantes, pois deslocaram-lhe inteiramente os braços das articulações, os ombros, violentamente distendidos, formavam grandes cavidades axiliares, nos cotovelos se viam as juntas dos ossos. Jorrou alto o sangue e ouviu-se gemidos de Jesus por entre as pancadas do pesado martelo”.

12ª ESTAÇÃO
Morte do Senhor no altar da cruz
“Tendo chegado a hora da agonia, Nosso Senhor lutou com a morte e um suor frio cobriu-lhe os membros. Nesse momento, pronunciou o Senhor, as últimas palavras, em voz alta e forte: “Tudo está consumado!” e, levantando a cabeça, exclamou em alta voz: “Meu Pai, em vossas mãos eu entrego o meu Espírito!”. Foi um grito doce e forte que penetrou o céu, a terra e o inferno, depois inclinou a cabeça e expirou. A terra tremeu e o rochedo fendeu-se deixando uma larga abertura entre a cruz do Senhor e a do ladrão à esquerda. Estava consumado! A alma de Nosso Senhor separou-se do corpo e ao grito da morte do Redentor moribundo estremeceram todos os que o ouviram, junto com a terra que, tremendo, reconheceu o Salvador”.

13ª ESTAÇÃO
Jesus é tirado do altar

“O descendimento do Corpo da cruz foi um espetáculo indizivelmente tocante, Faziam todos os movimentos com tanto cuidado e carinho, como se receassem causar sofrimento ao Senhor; manifestavam ao santo corpo o mesmo amor e respeito que tinham sentido para com o Santo dos santos durante a vida. Todos que estavam presentes não desviavam os olhos do Corpo do Salvador e acompanhavam todos os movimentos e manifestavam solicitude, estendendo os braços, derramando lágrimas ou por outros gestos de dor; porém, todos guardavam silêncio. Assim desceu o santo e desfigurado Corpo do Salvador da cruz à terra. Depois de descer o Santo Corpo, os homens o envolveram dos joelhos até os quadris e depositaram-no sobre um pano nos braços da Santíssima Mãe que lhos estendeu cheia de dor e saudade”.

14ª ESTAÇÃO
Jesus é cerrado no sepulcro
“Os homens colocaram o Santo Corpo sobre a padiola de couro, cobriram-no com uma coberta parda e enfiaram em cada lado um varal, o qual me causou uma viva recordação da Arca da Aliança. Os quatro homens desceram com o Santo Corpo do Senhor à gruta onde o puseram no chão; encheram ainda parte do leito sepulcral de especiarias, estenderam sobre ele um pano, colocando sobre este o Santo Corpo. Manifestando ao Santo Corpo o seu amor, com lágrimas e abraços saíram da gruta”.

15ª ESTAÇÃO
Gloriosa Ressurreição de Nosso Senhor
“Vi a alma de Jesus aparecer, com grande esplendor entre dois anjos de figura guerreira e rodeado de muitas outras figuras luminosas; passando por cima através do rochedo do sepulcro, desceu sobre o Santo Corpo, como se se inclinasse para Ele e com Ele se fundisse. Tremeu a terra, um anjo em figura de guerreiro desceu do céu ao sepulcro como um relâmpago, levantou a pedra para o lado direito e sentou-se em cima. Foi tal o tremor de terra que as lanternas oscilavam e as chamas saíam por todos os lados. A vista disso, caíram por terra os guardas, como que atordoados e jaziam como mortos, com os membros tortos. No mesmo momento que o anjo desceu ao sepulcro e a terra tremeu, vi o Senhor aparecendo à Santíssima Mãe, perto do Monte Calvário. Mostrou-lhe as chagas e quando ela se prostrou por terra para beijar-lhe os pés, tomou-a pela mão e levantando-a desapareceu”.
“Ele caiu pela segunda vez, sob o peso da cruz, sobre os joelhos e as mãos. A Mãe, na veemência da dor, não via mais nem soldados, nem carrascos, via só o Filho querido em estado tão lastimoso e maltratado. Estendendo os braços correu os poucos passos do portão até Jesus, através dos carrascos e abraçando-o, caiu-lhe ao lado de joelhos. Ouvi as palavras: “Meu Filho!” – “Minha Mãe!”, não sei se foram pronunciadas pelos lábios ou só no coração”.
“Jesus, carregado do pesado fardo, não tinha mais força para ir adiante; os carrascos arrastavam e empurravam-no sem piedade; então Jesus, nosso Deus, tropeçando sobre a pedra, caiu por terra”.

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